VÍDEO: 'canhão antigranizo' que destrói gelo com ondas sonoras é usado por vinícola do RS; entenda
06/12/2023
Técnica prevê proteção de cerca de 80 hectares. A tecnologia é composta por um canhão que realiza disparos hipersônicos, transformando as pedras de gelo em chuva. VÍDEO: 'canhão antigranizo' que destrói gelo com ondas sonoras é usado por vinícola do RS
Uma vinícola em Pinto Bandeira, localizada na Serra do Rio Grande do Sul, implementou um sistema antigranizo, que protege as videiras e busca evitar perdas nas safras de uvas. Segundo o empresário Daniel Geisse, dono da primeira vinícola a utilizar o equipamento no estado, o recurso consiste em um canhão capaz de destruir pedras de gelo com emissão de ondas sonoras. (Veja vídeo acima).
A tecnologia foi desenvolvida por uma companhia espanhola e trazida no ano passado para o Brasil.
O sistema é muito "utilizado na Europa e tem 100% de eficiência", explica Geisse, que o implementou na região serrana, a fim de identificar a proximidade de nuvens com formação de granizo e proteger, em um raio de alcance de 500 metros, cerca de 80 hectares.
Canhão antigranizo implementado em vinícola do RS
RBS TV / Reprodução
No país, a vinícola Família Geisse é o segundo local a utilizar o canhão. Anteriormente, somente o Paraná possuía o equipamento.
Entenda como funciona
De acordo com o responsável técnico pelo equipamento Renato Pasini, a tecnologia é composta, principalmente, por um canhão e um sistema de monitoramento de massas por satélite que, ao identificar a existência de nuvens carregadas e com granizo, efetua os disparos de ondas sonoras.
"Essas ondas sonoras são hipersônicas, com potência de 15 mil joules, atingindo a estratosfera (a segunda camada mais próxima da Terra, onde está a camada de ozônio) e criando a proteção".
O tempo estimado para a camada de proteção ser formada é de até 15 minutos. Nesse recorte de tempo, explica Pasini, "a cada sete segundos são realizados disparos".
Com o sistema protetivo, o granizo passa pelas ondas de choque, começa a se fragmentar em grãos e reduz de tamanho. Assim, as pedras de gelo passam do estado sólido para o líquido e chegam em formato de chuva no solo.
O investimento foi de cerca de R$ 500 mil e, de acordo com Geisse, o resultado tem se mostrado positivo. "Não tivemos nenhum prejuízo por conta de granizo desde os últimos três meses de uso. O resultado foi muito eficiente".
'Canhão antigranizo' destrói gelo com ondas sonoras em vinícola do RS
VÍDEOS: Tudo sobre o RS
VÍDEOS: Tudo sobre o RS
A